segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Mitos sobre a Coreia do Norte (Parte 2)–Um país sem carros e de estradas vazias?

É comum nos depararmos com notícias e postagens que dizem que não existem carros na Coreia do Norte e que suas estradas são vazias. Para "provar" esses boatos, geralmente utilizam imagens ou vídeos em pontos e horários específicos das estradas do país, onde pode se observar o "deserto" que é o país.

Só que a questão é: em qualquer país do mundo você pode obter imagens de estradas vazias. Isso não quer dizer absolutamente nada.

Alemanha
Alemanha
estradaespanha
Espanha
estradaespanha4
Espanha
estradafranca
França
estradamexico
México
estradareinounido
Reino Unido

O transporte público da Coreia do Norte é gratuito, o que faz a maioria da população preferir esse tipo de locomoção. Além de mais econômico, o meio ambiente agradece. Todavia, os carros existem sim por lá, e a sequência de imagens e vídeos a seguir deixa isso bem claro:

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E no vídeo a seguir, Enter Pyongyang, além do tráfego de carros, nota-se que o transporte público é utilizado amplamente pelos cidadãos norte-coreanos:



Outras imagens do transporte público norte-coreano:
transporte3Veículo da nova frota de ônibusMetrôtransportepublico2trasportepublico1

Como pudemos ver, mais uma manipulação grotesca da mídia contra a Coreia do Norte facilmente desmentida. Aguardem novos post’s quebrando mais mitos sobre a Best Korea.
Imagens retiradas de: De PyongYang a La Habana.

domingo, 18 de setembro de 2016

Mitos sobre a Coreia do Norte (Parte 1)

Mulheres não podem andar de bicicleta e nem usar calça Jeans? Os cristãos são perseguidos? Veja a quebra destes mitos na primeira parte dos artigos que desmascaram a manipulação contra a RPDC!

Mulheres não podem andar de bicicleta

Imagens falam mais do que palavras:





Mulheres não podem usar calça jeans

Inclusive num boato recente, lançado pela Fatos Desconhecidos, dá que o uso de calça jeans por qualquer norte-coreano é proibido, pois ela seria uma "propaganda norte-americana". Vale lembrar que a cultura, incluindo vestimentas, é diferente por lá. O uso de calças jeans não é tão frequente como aqui no Brasil, mas não há absolutamente nada que comprove essa afirmação maluca. E mais uma vez deixaremos uma imagem:




Os cristianismo é proibido e os cristãos são perseguidos

Apesar da maioria dos norte-coreanos não seguir nenhuma religião (64% da população é ateísta), esta é outra mentira que inventaram sobre a Coreia do Norte. A constituição da RPDC garante a liberdade de crença, portanto não existe nenhuma lei que proiba ou persiga os cristãos.

CAP V: Direitos e Deveres fundamentais dos cidadãos - Artigo 68: Os cidadãos possuem liberdade religiosa. Este direito inclui a permissão para a construção de templos e realização de cerimônias religiosas. Ressalva: Não se pode utilizar a religião como vantagem para introduzir forças estrangeiras ou perturbar a ordem estatal e social do país.

Ou seja, lá o Estado Laico é uma realidade, ao contrário do que acontece aqui no Brasil, por exemplo.

Imagens de igrejas na Coreia do Norte:



Vídeo de um culto em uma igreja cristã na Coreia do Norte:


A bíblia é um livro plenamente legal na RPDC e qualquer pessoas pode comprar. Ignorando isso, a Coreia do Sul costuma lançar balões contendo bíblias na direção da Coreia do Norte. O povo norte-coreano deve dar risada disso.



Delegações e representantes cristãos de todo o mundo são recebidos com cordialidade e respeito, ao contrário do que falam que essas delegações têm de entrar secretamente e são perseguidas.

Rev. Franklin Graham, dos EUA

O Chefe de Estado Kim Yong-nam recebendo o representante do Conselho Mundial de Igrejas

O representante do Conselho Mundial de Igrejas oferecendo uma Missa

A Associação de Evangélicos dos EUA em visita à Igreja Jongchung



Para se ter uma noção de como a mídia ocidental é manipuladora, temos uma notícia onde se alega que a Coreia do Norte é o país que mais persegue cristãos no mundo, usando uma imagem que supostamente seria da Coreia do Norte:


Só que, conforme podemos observar numa notícia do The Guardian, essa imagem é da polícia da... CHINA!

Link da reportagem: https://www.theguardian.com/world/2009/oct/11/briton-execution-china-smuggling-heroin

Que coisa, não?!

Por mais que tentem manipular e mentir, o fato é que não existe qualquer perseguição aos cristãos na Coreia do Norte. E mais do que isso: lá os cristãos são tratados de maneira até melhor do que em muitos países!



sábado, 17 de setembro de 2016

Uma análise materialista da indústria pornográfica

Não podemos iniciar o artigo sem deixar bem claro que uma coisa é a pornografia e outra coisa é a indústria pornográfica. A primeira é algo praticado desde a antiguidade, da sua forma mais crua como em desenhos até mesmo a desfiles de nudez à prática de orgias. A segunda é resultado de uma sociedade capitalista que só anseia por lucros, desumanizando as pessoas e as transformando em meros objetos lucrativos - assim como faz em todas as áreas.



A pornografia refere-se ao gênero e ao material que contém e reproduz sob qualquer formato (gráfico ou visual) atos ou relações sexuais de tipo explícito com o objetivo de despertar o interesse, excitação e estimulação sexual do espectador ou leitor. O consumo de pornografia pode, de fato, ser benéfico para a vida sexual de uma pessoa, como pode também ter o efeito reverso. Esse efeito negativo está em maior evidência nos dias atuais e isso se explica por um conjunto de fatores:

  • A questão da moral religiosa: quando existe uma pregação ferrenha por moralidade, principalmente no âmbito religioso, você acaba criando uma legião de "tarados". O pastor brasileiro, Caio Fábio, deixa bem claro que "uma sociedade que só introjeta pecado vai produzir só tarados" e isso é validado pela própria psicologia;
  • O sistema atual - o capitalismo - gera uma necessidade de vícios (entre drogas e outros) às pessoas para que estas busquem neles efeitos para amenizar a pressão da exploração - jornadas de trabalhos estressantes, baixa remuneração, endividamento, problemas familiares, pressões em grande escala, etc.;
  • A atuação do capitalismo no setor pornográfico tem um peso decisivo para isso. Além da maneira a qual esses materiais pornográficos são produzidos, incluindo abusos e situações que beiram o bizarro, existe toda a "venda" de padrões que não se encaixam na maioria da população: corpos perfeitos, peitos siliconados, pênis com tamanho muito acima da média, etc. Todos esses fatores acabam por poder gerar uma diminuição da autoestima e/ou o aumento das exigências (físicas e comportamentais) de uma pessoa para com seus parceiros sexuais. Há de se considerar também que é nesse conteúdo que muitas pessoas enxergam uma maneira de saciar suas fantasias e pensamentos sádicos, o que de certa forma contribui para tal dependência.

Segundo o estudo do urologista italiano Carlo Foresta, publicado na revista Psyhology Today, pelo menos 70% dos jovens que procuram tratamento para problemas de desempenho sexual admitem ser consumidores habituais de pornografia na Internet.


Créditos da imagem: Grupo Violes


Tudo que foi abordado até aqui tem por objetivo esclarecer que o GRANDE PROBLEMA que vivemos atualmente não é a pornografia em si, mas sim a Indústria Pornográfica e a maneira a qual ela produz e vende seus materiais. Com o avanço da era digital, cada vez mais pessoas estão possuindo acesso a esse tipo de material, que pode ser encontrado facilmente de maneira gratuita em milhares de sites espalhados pela rede, já que estes sites encontram nos anúncios de publicidade uma nova maneira de obter lucros, assim como acontece com filmes de qualquer espécie. E a pornografia é a responsável por 25% das pesquisas feitas em ferramentas de busca, como o Google. Ou seja, a tendência é só piorar.

Agora vamos elencar alguns dados extremamente preocupantes sobre a Indústria Pornográfica:

  • 89% do conteúdo pornográfico do mundo são produzidos nos EUA;
  • A pornografia virtual gera por ano, só nos EUA, um faturamento médio de quase 7 bilhões de reais;
  • Alto índice de depressão e suicídio entre as estrelas do mundo pornô;
  • Alta incidência de DST's entre as estrelas pornôs, principalmente AIDS, gonorreia, clamídia e sífilis;
  • Performances pornográficas experienciam uma chance maior de infecção (20%) do que entre o público geral (2,4%);
  • Desde 2003, 228 estrelas pornôs morreram por ocorrência de suicídios, DST's, homicídios e drogas;
  • A expectativa de vida de uma estrela pornô é de apenas 36 anos;
  • Uma recente análise dos 50 filmes adultos mais vendidos revela que, entre todas as cenas: 48% de 304 cenas contêm agressões verbais, enquanto mais de 88% contêm agressões físicas. Destes, 94% as agressões são cometidas contra mulheres;
  • A número de casos de pornografia e abuso infantil vem crescendo exponencialmente nos últimos anos;
  • Na encontro de 2003 da American Academy of Matrimonial Lawyers, em uma coleta de dados feita pelos advogados de divórcio da nação, os participantes revelaram que 58% de seus divórcios foram resultado do acesso excessivo por uma das partes à pornografia online.


Tendo esses dados, fica impossível negar o quão negativa e nociva a indústria pornográfica é para a sociedade -  tanto para quem trabalha nessas produções, como para quem consome. Agora abordaremos outras questões relacionadas que são pertinentes.


Temos que combater os consumidores de pornografia?

Primeiro, que tipo de combate é esse? É bom lembrar que uma abordagem adequada é essencial e que a palavra certa não é "combate", mas sim "conscientização" da população como um todo. Ser agressivo ou fazer uma abordagem "religiosa" do tema, além de não conscientizar ninguém, não passa qualquer credibilidade.  O que tem de ser combatida é a indústria pornográfica, assim como o capitalismo como um todo. A ideia de culpabilizar os indivíduos é tão bizarra quanto culpar os trabalhadores pela sua exploração pela burguesia. Fatores como a alienação, seja de ordem religiosa, social ou consumista, e os impactos que o sistema burguês causa às pessoas não podem ser desconsiderados.

Qualquer tipo de pornografia deve ser combatida?

Obviamente que não. Como já abordei no texto, a maior crítica é à indústria pornográfica com seus sérios danos tanto para as estrelas pornôs quanto para a sociedade como um todo. Trocas de fotos ou até mesmo vídeos caseiros consensuais e envolvendo adultos podem ser feitas normalmente, com devida cautela, devido a fatores como revengeporn, vazamentos, etc., que podem causar danos pessoais futuros. Contos, desenhos ou até mesmo fotos e vídeos eróticos executados fora da indústria pornográfica e de maneira artística também não são problemáticos. Essas formas de pornografia pode inclusive trazer efeitos benéficos aos seus consumidores. Isso não isenta totalmente qualquer possibilidade de ocasionar problemas, como a impotência sexual. O importante é ter consciência e consultar um médico para avaliação caso a pessoa veja que isso está lhe fazendo mal de alguma maneira.
O que não podemos é sair de um extremo liberal e ir para um extremo conservador e irracional a ponto de querer julgar toda e qualquer pornografia como "errada" e condenar todo mundo que pratica a masturbação. Além de ilógico, esse tipo de moralismo causa o efeito mola, como já abordado no trecho "uma sociedade que só introjeta pecado, forma uma legião de tarados". O ser humano é um animal com instintos e libido sexual e não adianta querer lutar contra isso.
Vale salientar que muitas pessoas solteiras possuem na masturbação uma alternativa pertinente para a saciar seu libido, uma vez que a prática de sexo casual com desconhecidos oferece riscos às mesmas.

Os atores e atrizes pornôs fazem isso porque querem e gostam

Típico reducionismo liberal que eu sei que teria, por isso mesmo já indexo ao artigo.
Sabemos que não é bem assim: não gostamos de fazer algo, partimos para outro! A realidade capitalista é bem mais decadente do que o senso comum pode observar. Salários mais volumosos (o que pode ficar apenas na promessa) e a promessa de uma vida mais confortável em mundo onde sua liberdade depende diretamente do capital que possui, acaba atraindo e iludindo muita gente. Em praticamente todas as áreas, especialmente naquelas onde se paga mais, temos uma maioria que detesta fazer o que faz e só o faz por conta do dinheiro mesmo. E não é apenas a alienação do capital que entra em jogo, mas também toda uma questão social, de como e em que realidade a pessoa foi criada, o seu estado psicológico, uso de drogas, etc.
E se a pessoa gosta do que faz? Se a pessoa é abusada, tratada como lixo e ainda é exposta a um risco iminente de DST's, dificilmente ela vai gostar do que faz. Aí entram duas questões: a mente humana, que é deveras complexa, como podemos observar casos onde vítimas se apaixonam por seu sequestrador ou torturador; e ignorar que praticamente toda regra tem sua exceção, pois quando falamos que a indústria pornográfica é nociva, falamos de maneira geral. Não me arrisco a dizer que não exista alguma produtora séria, que não seja adepta de abusos e que tenha toda uma preocupação com a saúde de seus atores. Deve existir sim, mas lembremos que a exceção não é regra. E como sabemos que é exceção? É só voltar e observar os dados apresentados anteriormente ou até mesmo buscar mais afundo em outras fontes.


Links úteis e referências:

Pornografia: A rica indústria que promove pedofilia, estupro e exploração sexual, por Clécio Pereira (o artigo possui outros links pertinentes);
Pornografia na Antiguidade: Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4 (como o áudio está em inglês, não sei sobre o conteúdo teórico destes vídeos, mas recomendo pela experiência visual).




quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O "conservadorismo moral" da Esquerda em temas como legalização das drogas e homossexualidade

Impressionante como vem crescendo o número de pessoas que encaram o marxismo na base do dogmatismo. Assim como muitos cristãos, transformam Marx e Engels como deuses, portadores da verdade absoluta em tudo que disseram e suas obras em livros sagrados e inquestionáveis. Inclusive recorrem à mesma estratégia dos religioso fundamentalistas ao querer forçar um moralismo barato baseado em citações fora de contexto ou que nunca existiram.
E curiosamente é esse mesmo pessoal que vê pós-modernismo em tudo que não concorda. Se dizem críticos do irracionalismo e não percebem que eles próprios produzem irracionalismos gritantes.

Citarei uns pontos óbvios aqui, mas que são pertinentes ao assunto:
- Marx e Engels viveram num período bem diferente que o nosso, onde muita coisa que se sabe hoje, naquela época era desconhecida;
- De qualquer forma, Marx se revira no túmulo por conta dessas pessoas que encaram sua filosofia como inquestionável. Dogmatismo não é nada marxista;
- Marx e Engels não são portadores da verdade absoluta. Até mesmo eles possuíam consciência disto, pode apostar.

Com base nisso, tocarei em 2 assuntos cruciais que essa galera dogmática costuma expor toda sua ignorância e achismos.

1. Legalização das drogas.

O que eles acham: pauta liberal, pós-modernista e que destrói a sociedade! Drogas acabam com a sociedade! Não pode deixar de ser crime.

A questão: É um tema muito complexo para definir de maneira tão rasa. Que drogas é um problema na sociedade e que seu uso não faz nada bem é um fato, mas alguns pontos devem ser levantados:
- Ser a favor da legalização das drogas não é o mesmo que ser a favor que todo mundo saia usando drogas, promovendo o estímulo de consumo. Questão óbvia, pois não tem como impor uma dicotomia nessa questão: ou se é a favor do consumo ou mantém elas ilegalizadas. Quando se fala em legalização é por reconhecer que a criminalização delas é o que sustenta o tráfico, que manda as forças repressoras do Estado matar pobres na periferia. Ou seja, é por ter a noção de que elas são assuntos de saúde pública e não criminais. O maior exemplo de que esta é a abordagem necessária é o que aconteceu com o tabaco: a diminuição de seu consumo não se deu por conta da ilegalização, mas sim por campanhas públicas de conscientização e combate ao estímulo do uso do mesmo;
- Se a pessoa defende a legalização olhando apenas para o lado individual, de que poderá usar tranquilamente essas substâncias, aí sim é algo problemático - ainda mais se ela se considera marxista - e revela uma postura liberal individualista.


2. Homossexualidade

O que eles acham: é produto de uma sociedade consumista e decadente (hoje existem mais homossexuais que antigamente). É algo comportamental e cultura! Representa um risco à perpetuação da espécie e organização social!

A questão: não dá pra observar esse tipo de argumento sem apontar a total falta de materialidade que possui.
- Existem mais gays hoje do que existiam antes? Obviamente vou falar em proporção aqui, pois hoje existe inclusive muito mais hétero que antigamente, já que a população mundial cresceu exponencialmente. Então: não é que existam mais gays atualmente, mas sim que uma fração maior dos LGBT's se assume por conta do avanço da tratativa LGBT no mundo. Até a década de 80 e começo da de 90, a homossexualidade era um tabu muito maior do que é hoje, sendo tratada inclusive como doença. Foi quando repararam que não tinham evidências para manter a homossexualidade como algo patológico ou meramente comportamental, até por conta de falharem miseravelmente nas tentativas de "cura gay", que a OMS recuou e a tirou da lista de patologias. Posteriormente, começaram os estudos científicos e hoje temos fortes indícios que levam a homossexualidade como uma manifestação plenamente natural, assim como a heterossexualidade e com isso essas políticas pró-LGBT expandiram bastante. Então é meio que óbvio que em países onde a abordagem da questão LGBT é mais aberta existam mais LGBT's assumidos do que nos países onde a questão não é abordada abertamente ou é, até mesmo, criminalizada;
- O capitalismo, assim como faz com praticamente tudo, começou a ver no grupo LGBT uma potencialidade consumista e se aproveitando da homofobia que existe ainda nos dias atuais, faz de tudo pra se vender como gayfriendly e expandir seus lucros. Daí para afirmar que o capitalismo "fabrica" homossexuais já é uma alucinação das piores. Vale lembrar que antes, onde a sociedade era menor e havia uma grande ignorância a respeito do assunto,a própria burguesia perseguia os homossexuais por conta da ideia de que a sociedade tinha que se proliferar para que o mercado consumidor crescesse. Não é por acaso que a imposição da família nuclear (a famosa família margarina) faz parte da ideia da propriedade privada, incentivada pela burguesia. Hoje, com mundo já extremamente populoso e com essas evidências de que a homossexualidade nunca será um risco para a perpetuação da espécie (ops, do mercado consumidor), a burguesia se finge de amiga para lucrar em cima deste mercado, ao mesmo tempo que também depende da marginalização do grupo, pois sem homofobia, como se venderia representatividade? Como contaria com exploração dessa população marginalizada dentro de subempregos, como os call center's?
- Só uma observação: por isso que o trabalho de base no movimento LGBT precisa ser pesado, uma vez que grande parte do mesmo encontra-se alienada dentro da realidade capitalista;
- A ideia de que os homossexuais representam um risco de extinção da espécie é tão absurda que nem sei se eu deveria abordar. Além de ser a falácia do declive escorregadio (partir de uma proposição e encadear outras proposições até chegar a uma conclusão absurda), está mais do que claro que mesmo com o "aumento" da população LGBT, a tendência da população mundial é de continuar crescendo, o que é algo preocupante: quanto mais pessoas habitando a Terra, mais problemas como pobreza, fome, epidemias, falta de recursos naturais, poluição, etc., teremos. Seria até positivo se a existência dos LGBT's conseguisse, ao menos, frear esse crescimento populacional;
- Falar que a homossexualidade é pós-modernista é jogar o materialismo histórico na privada.


Links úteis:
https://serviraopovo.wordpress.com/…/como-a-revolucao-maoi…/ (muita gente cita o combate às drogas de Mao, mas não diz como e em quais circunstâncias fez isso);
https://www.youtube.com/watch?v=ZyFkUqkFM2A (entrevista de Dráuzio Varela ao Roda Viva sobre política das drogas)
http://guiadoestudante.abril.com.br/…/vale-tudo-homossexual…
https://www.youtube.com/watch?v=Gn0R-gb9SMc (vídeo do Pirulla que leva a outros links importantes)

domingo, 28 de agosto de 2016

Falácias anticomunistas - Parte 1: O Socialista de Iphone

Abrirei aqui a série de artigos para refutar e desmentir falácias que são utilizadas contra o socialismo/comunismo.

Uma das mais comuns e que, inclusive, nomeia uma famosa página de Facebook é a do "socialista de Iphone", aludindo que nós comunistas não podemos usufruir de bens "produzidos pelo capitalismo". Na abordagem, tentarei ser o mais simples e didático possível.



Para começar, não posso deixar de citar que Marx nunca, em suas obras, proibiu o proletariado de adquirir mercadorias. Temos de lembrar que o marxismo não prega voto de pobreza.

E vamos ao principal: o capitalismo não produz nada sem força de trabalho. Os donos da Apple não produziriam a demanda que produzem sozinhos, sem o proletariado. Para atender suas demandas e atingirem os objetivos de lucros (e acumularem ainda mais capital), eles exploram sem dó a mão-de-obra de milhões de trabalhadores mundo afora. E nós, que também temos nossa força de trabalho explorada,  adquirimos essas mercadorias através da pequena parte (migalhas) do capital que nos é repassada e sendo assim não há, definitivamente, qualquer incoerência em um socialista adquirir produtos. O que vivenciamos é um esquema compartilhamento dos frutos (mercadorias e serviços) de nosso trabalho, o que em si absolutamente não é nada errado. A parte abominável é que praticamente todo o lucro produzido através da nossa força de trabalho se concentra com a minoria que detém os meios de produção e que, por sua vez, nada produz: A burguesia. Então volto a frisar: o capitalismo não produz nada! Quem produz é o proletariado.

Entendam que o socialismo não é inimigo da tecnologia e de mercadorias, ao contrário do que a propaganda anticomunista tenta vender por aí, mas sim se opõe à relação abusiva promovida com a classe burguesa contra a classe trabalhadora. Tanto que a própria tecnologia do celular teve origem na U.R.S.S., em 1957, e hoje na Coreia do Norte há produção de equipamentos/aparelhos tecnológicos.

Líder da República Popular Democrática da Coreia visitando uma fábrica de SmartPhones do país em 2013.





quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A "escuridão" da Coreia do Norte

Artigo traduzido do blog De Pyongyang a La Habana

Você provavelmente já viu na internet ou na televisão a famosa imagem de satélite da Península Coreana durante a noite, contrastando a iluminada Coreia do Sul (olha como o Capitalismo é bom e traz desenvolvimento!) e a apagada Coreia do Norte (olha como o comunismo é atrasado e improdutivo!). Vamos abordar 8 pontos neste artigo para refutar tal argumento e convido você, independente de qual espectro político pertença, a ler o mesmo por completo. Quero mostrar que você pode ser contra o socialismo e a Coreia do Norte sem cair ou se utilizar das mentiras e manipulações governamentais e midiáticas.



1. Qual a verdadeira imagem?

Todos afirmam estar seguindo as imagens tiradas nos últimos anos, mas nelas vemos nitidamente que as luzes não coincidem. Nas primeiras vemos que há luz em todas cidades, mesmo que de maneira sutil e havendo uma concentração na região da capital Pyongyang. Curiosamente nas últimas imagens vemos que não há luz nem na capital, estando o país inteiro no escuro.

Qual imagem é a verdadeira? Como em algumas imagens mostram uma iluminação em todo o país e outras mostram uma escuridão total? Por que em algumas podemos observar barcos no mar e em outras não?







2. Geografia da Península Coreana

Uma questão de suma importância e que não pode ser ignorada nessa discussão é a geografia da Península Coreana. Vamos observar o mapa físico de ambas Coreias:



Como podemos observar, existe uma cordilheira que atravessa a península, afetando principalmente a Coreia do Norte. Se voltarmos à imagem do satélite, vemos que na parte por onde passa a cordilheira na parte Sul há pouca luz.

Agora se observamos a parte Norte, veremos que a cordilheira ocupa cerca de 80% da superfície norte-coreana e, além disso, vemos que as montanhas são bem mais elevadas. Então não é que não há luz nessas áreas, a questão é que as pessoas não vivem nelas.

3. Imagens de cidade por cidade

Uma maneira bem confiável de observar a "escuridão" na Coreia do Norte é, certamente, ir para as cidades e vilas do país, uma a uma, e ver se elas são iluminadas ou não:

  • Pyongyang:







  • Hamhung: 





  • Hoeryong: 
  • Namp'o: 
  • Wonsan: 


  • Chongjin: 


  • Rason:

  • Jagang: 

  • Kaesong:
  • Samjiyon: 

Outros locais: 

Campo de Esqui de Masik

Hotel Hyangsan

Complexo hidráulico do Mar Oeste 

Parque de Atrações de Wonsan

Parque da Juventude de Kaeson

4. Quem fornece a imagem?

A imagem de satélite é fornecida pela NASA, uma agência do governo norte-americano, país que segue em guerra com a Coreia do Norte. Como se isso não fosse o suficiente, os dois países possuem ideologias concorrentes: o socialismo da RPDC contra o capitalismo dos EUA. Essa imagem não poderia ser uma guerra de propaganda? Se a Coreia do Norte mostrasse uma imagem por um de seus satélites de um território norte-americano escuro, você acreditaria nela? Bom, aqui o oposto é verdadeiro.

5. Manipulação e censura prévia

Em ocasiões anteriores, para preservar seus interesses, vários lugares do mundo tiveram suas imagens via satélite adulteradas/censuradas. Vamos exemplificar alguns desses casos: 

Palácio Real de Amsterdam


Base militar de Vlissingen

Aeroporto Minamitorishima

Base Aérea de Volkel


Regimento Estratégico de Transmissões Número 22 (RETES22), em Madrid. Imagem que não está em concordância com seu entorno e que se a aproximarmos veremos que há imagens sobrepostas: 


E no Bing, podemos observar que a mesma imagem está censurada:

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Reservas Militares de Xinshe (Taiwan), outra imagem com sobreposição
Norte do HAARP dos EUA

6. Exportação de Energia

A Coreia do Norte, apesar da mídia dizer que não tem eletricidade e que vive no escuro, exporta 5% de sua sua energia segundo o Banco Mundial:



7. O livro "A Country of Cities" 

Se pegarmos o livro "A Country of Cities" (Um país de cidades), podemos observar uma imagem de satélite totalmente diferente das que estamos acostumados a ver, com ambas as Coreias brilhantes. Esqueceram de apagar as luzes da Coreia do Norte?



8. O futuro da eletricidade na Coreia

Atualmente a Coreia do Norte está realizando um projeto para um aumento em grande escala na produção de eletricidade e, para isso, está construindo nada menos que 9 usinas hidrelétricas, reabrindo sua usina nuclear e construindo painéis solares por todo o pais. 

Central Nuclear de Yongbyon

Hidrelétrica de Chongchongang

A energia Eólica também está sendo introduzida

Energia Solar introduzida recentemente em ruas e construções:





A Coreia do Norte vive na escuridão? Com os dados e imagens apresentados, creio que a partir de agora cada pessoa tem sua própria opinião e visão. A eletricidade para todo o povo coreano foi introduzida graças ao governo do Norte e motivo de orgulho ao país. Aqui podemos ver um filme, onde se recria os primeiros momentos da revolução no país e a chegada da energia elétrica nas zonas rurais e mais inacessíveis: 


Hoje em dia, a eletricidade é totalmente gratuita na Coreia do Norte.

E para finalizar este artigo, vamos mostrar mais algumas imagens da escuridão da Coreia do Norte: